Administração de Recursos Humanos (ARH) foi a configuração adotada para gerenciar pessoas ao longo do tempo. Porém, essa visão mudou, sofreu transformações e hoje se chama Gestão de Pessoas. A ARH é o setor de uma instituição ou empresa responsável pela política social da empresa: valorização do profissional, da pessoa humana, motivação de seus funcionários com treinamentos, bonificações, políticas de cargos e salários e avaliações. A nomenclatura de administração de recursos humanos tornou-se restrita porque implica uma percepção de que as pessoas são apenas recursos como materiais e financeiros.
Na era da informação, o fator humano, através da gestão de pessoas, tem sido destaque na excelência das organizações bem-sucedidas pelo seu aporte intelectual. A globalização, novas tecnologias, a busca pela qualidade e produtividade tornaram evidente que o diferencial, a grande vantagem da competição é a presença das pessoas que representam a instituição ou empresa. Surge a ideia de pessoas proativas e empreendedoras que são responsáveis pela produção, serviço ao cliente, atendimento ao paciente, tomada de decisões, motivação e gerenciamento.
Nos serviços de saúde, a gestão de pessoas é importante porque os pacientes, na maioria das vezes, procuram os serviços já debilitados fisiologicamente ou emocionalmente e o acolhimento humanizado é fator primordial para uma boa impressão do tratamento e uma provável melhora do quadro clínico dos pacientes. A dificuldade da prática do bom atendimento pelas pessoas da saúde talvez se deva aos estímulos sociais que esses profissionais são submetidos dia a dia: estresse, baixa remuneração, ausência dos valores humanos, mas que não justificam tal atitude com outro ser humano. A ideia de gerenciar pessoa de saúde torna-se essencial para mudar essa conduta.
A evolução da tecnologia e a globalização exigem do profissional de saúde um esforço e um cuidado na administração dos bens pessoais e daqueles ligados a sua atividade profissional.
O ato de cuidar, administrar, relacionar-se com pessoas exigem conhecimentos para que se tenha uma formação adequada e uma resposta satisfatória a si mesmo e a sociedade.
A gestão de pessoas não é tecnologia; mas deve-se usar a tecnologia das relações humanas e do conhecimento para respeitar e valorizar seus liderados, não repetir os erros, registrar as melhores práticas e o conhecimento dos colaboradores.
Para atuar na área de gestão pública de serviços de saúde, o gestor deve ter noções básicas de liderança e “gerenciamento” de pessoas para promover uma integração, satisfação e um cuidado especial e contínuo de seus funcionários, transformando-os em agentes públicos capazes de oferecer serviços com qualidade, humanização, resolutibilidade, respeito e dignidade aos pacientes que lhe procuram. Com essas atitudes, o gestor dos serviços de saúde torna-se um elo respeitado e admirado entre o funcionário e o paciente, e o poder executivo. O resultado dessa integração e harmonia entre as partes é a promoção de uma melhor qualidade de vida dos munícipes, objetivo irrestrito de uma administração pública.
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