OS ANIMAIS DE ÓCULOS OU ESTRATÉGIAS PARA DRIBLAR A FOME
@ Das histórias fantásticas que escutei, vou contar a que segue. É referente à fome. Muitas pessoas já lutaram contra a malvada de todos os jeitos. Uns não admitem passar fome e viram pedintes. Uns comem o que aparece na frente. Chegam ao extremo de apelarem para o lixão. Outros radicalizam e roubam. Aí já é demais. A minúscula história de hoje é sobre fome de animais. Os criadores de animais sabem que enquanto está no inverno, esse problema não existe. Porém, quando as chuvas cessam, a coisa pega mesmo. O ponto principal deste texto é o que vou dizer agora. Uma pessoa chegou pra mim e disse: Fulano de Tal disse ali que na casa dele, um certo ano, o pai dele (que criava uns bichos de gado) chegou ao extremo quando viu os bichos sem quererem comer o mato ruim e seco. Aí o velho bolou uma estratégia muito incomum. Não foi cortar macambira, porque naquele ano também tinha faltado. As cascas de feijão que tinha guardado também já se esvaíra. O dinheiro estava curto e não dava pra bancar as cabeças vivas. Um dia ele pensou, pensou e pensou. Depois foi à feira do vuco-vuco e procurou uns óculos raiban, verde. Acho que nem todos os óculos raiban são verdes. Desculpem minha ignorância por não saber disso. Talvez até escrever o nome desses óculos. Mas vou concluir a história dizendo que o velho levou pra casa os óculos e arranjou um jeito de colocá-los na cara das vacas e touros. Pela razão de os óculos serem poucos e as criações muitas, ele punha os acessórios nuns e depois que eles comiam, tirava e colocava em outros. Só assim, todos os dias os animais de óculos verdes viam os pastos verdinhos da silva e os comiam com gosto.
@ Das histórias fantásticas que escutei, vou contar a que segue. É referente à fome. Muitas pessoas já lutaram contra a malvada de todos os jeitos. Uns não admitem passar fome e viram pedintes. Uns comem o que aparece na frente. Chegam ao extremo de apelarem para o lixão. Outros radicalizam e roubam. Aí já é demais. A minúscula história de hoje é sobre fome de animais. Os criadores de animais sabem que enquanto está no inverno, esse problema não existe. Porém, quando as chuvas cessam, a coisa pega mesmo. O ponto principal deste texto é o que vou dizer agora. Uma pessoa chegou pra mim e disse: Fulano de Tal disse ali que na casa dele, um certo ano, o pai dele (que criava uns bichos de gado) chegou ao extremo quando viu os bichos sem quererem comer o mato ruim e seco. Aí o velho bolou uma estratégia muito incomum. Não foi cortar macambira, porque naquele ano também tinha faltado. As cascas de feijão que tinha guardado também já se esvaíra. O dinheiro estava curto e não dava pra bancar as cabeças vivas. Um dia ele pensou, pensou e pensou. Depois foi à feira do vuco-vuco e procurou uns óculos raiban, verde. Acho que nem todos os óculos raiban são verdes. Desculpem minha ignorância por não saber disso. Talvez até escrever o nome desses óculos. Mas vou concluir a história dizendo que o velho levou pra casa os óculos e arranjou um jeito de colocá-los na cara das vacas e touros. Pela razão de os óculos serem poucos e as criações muitas, ele punha os acessórios nuns e depois que eles comiam, tirava e colocava em outros. Só assim, todos os dias os animais de óculos verdes viam os pastos verdinhos da silva e os comiam com gosto.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ I
@ Do café tem se falado muito desde os tempos da antiguidade. Há a lenda do café que diz o seguinte. Um pastor vigiava o seu rebanho, quando notou que este em determinadas ocasiões se mostrava mais alegre, saltando com enorme vivacidade. A repetição do fato aguçou-lhe a observação e o pastor notou que a energia de suas ovelhas se manifestava quando elas pastavam essas terras, as quais eram ricas de uma determinada planta cujo fruto comiam. Compreendeu então, que a reação era efeito da ingestão de tal planta. Curioso, fez uma experiência em si próprio. Tomou uma infusão que fez com os frutos da planta referida. Logo depois, sentiu um reforço de energias, bom humor, melhor disposição para o trabalho, e ao mesmo tempo, desaparecendo, o sono que o atacava quando em serviço. Tal bebida era o café e, segundo a lenda, assim começou a ser usado.
Do café também temos muitos admiradores e consumidores. Como há pessoas que não passam sem uma caneta e um bloco de papel, há também os que não conseguem viver sem uma xícara bem quentinha de café. “Pode me faltar o fôlego, mas o café, não.” O da caneta e bloco de papel, sou eu. O do café, é claro que é o professor João Marinho.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ II
@ O café é tão popular que há até um blog com um nome que envolve essa bebida. Aqui mesmo em Upanema há o cafeeopiniao.blogspot.com, de autoria de Jânder Freire. O titulo faz jus ao dono: ele tem opinião e muita disposição em tomar café. Se está no trabalho, Jânder está com uma xícara de café na mão. Se está em casa, toma café. Às vezes sai na casa dos amigos perguntando se tem café. Jânder e João Marinho são sinônimos de café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ III
@ Nesses dias não pude me livrar do café porque para onde eu olhava, ali estava o café. Lia o livro “O baile da despedida”. O personagem principal só vivia com uma xícara de café na mão. Depois estava lendo “O Recurso”. O personagem principal não largava a xícara de café. Depois estava vendo a revista “Seleçoes”. Lá tinha farta informação sobre o café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ IV
@ O café tem alguns nomes populares. O que mais convivi durante anos foi “moca”. Meu pai sempre tomava uma moca depois do almoço. De manhã, bem cedinho, consumia um potinho de café, antes de ir trabalhar na olaria.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ V
@ Sabiam que há o dia do café? O dia 7 de abril é o dia internacional do café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ VI
@ Há muitas versões do café: Carioca, expresso, forte, suave, torrado, moído, solúvel, com leite, descafeinado, capuccino. De tanto falar em café, não deu uma vontade de tomar uma, não?
CONTRAPARTIDA
@ Se observarmos bem, em todas as coisas que dão certo, tem a contrapartida do outro. É assim que ocorre nos programas da casa própria. Em Upanema temos um grande exemplo. Há aproximadamente mil residências nos conjuntos residenciais, todas construídas pelo governo federal, com a parceria da prefeitura. Além das duas (federal e municipal), ainda é necessária a contrapartida do cidadão que recebe a casa. Na vida real também há a parceria para que nós possamos estar vivos. Na concepção, foi necessária a participação de um homem e uma mulher. Para nascermos, uma parteira quase sempre é indispensável. A mãe também ajuda bastante na hora do nascimento do bebê. Quando cresce, é preciso caminhar, mas ele necessita de ajuda. Aí, é a maior festa. As várias parcerias que fazemos na vida são formas de contrapartida. Ninguém pode dizer que vive sozinho, sem que outros cooperem nos seus projetos. Nem Deus fez o mundo sozinho: precisou de uma sociedade trinitária, para dar exemplo a nós. Há teólogos que acreditam que Deus não salva o homem sozinho, sem que este não faça nenhum esforço.
MÚSICA DE CRIANÇA
Uma das músicas dos tempos de criança é a da formiguinha. Aliás, uma música de letra tão confusa que hoje ainda tenho dúvida da versão verdadeira. Ei-la:
Formiguinha da mata d’além
Ela quer se casar
Mas não acha com quem.
Não é com você
Não é com ninguém
É com uma pessoa
Que eu quero mais bem.
De toda a letra, o trecho “Formiguinha da mata d’além, ela quer se casar, mas não acha com quem”, eu dizia: “formiguinha da mata da lenha, ela quer se casar, mas não acha com quem.
Das duas versões, cuido ser verdadeira a primeira, por ter mais sentido do que do jeito que cantávamos e por preservar a rima. Outros cantavam “da lenda” no lugar de “dalém” ou “d’além”.
@ Do café tem se falado muito desde os tempos da antiguidade. Há a lenda do café que diz o seguinte. Um pastor vigiava o seu rebanho, quando notou que este em determinadas ocasiões se mostrava mais alegre, saltando com enorme vivacidade. A repetição do fato aguçou-lhe a observação e o pastor notou que a energia de suas ovelhas se manifestava quando elas pastavam essas terras, as quais eram ricas de uma determinada planta cujo fruto comiam. Compreendeu então, que a reação era efeito da ingestão de tal planta. Curioso, fez uma experiência em si próprio. Tomou uma infusão que fez com os frutos da planta referida. Logo depois, sentiu um reforço de energias, bom humor, melhor disposição para o trabalho, e ao mesmo tempo, desaparecendo, o sono que o atacava quando em serviço. Tal bebida era o café e, segundo a lenda, assim começou a ser usado.
Do café também temos muitos admiradores e consumidores. Como há pessoas que não passam sem uma caneta e um bloco de papel, há também os que não conseguem viver sem uma xícara bem quentinha de café. “Pode me faltar o fôlego, mas o café, não.” O da caneta e bloco de papel, sou eu. O do café, é claro que é o professor João Marinho.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ II
@ O café é tão popular que há até um blog com um nome que envolve essa bebida. Aqui mesmo em Upanema há o cafeeopiniao.blogspot.com, de autoria de Jânder Freire. O titulo faz jus ao dono: ele tem opinião e muita disposição em tomar café. Se está no trabalho, Jânder está com uma xícara de café na mão. Se está em casa, toma café. Às vezes sai na casa dos amigos perguntando se tem café. Jânder e João Marinho são sinônimos de café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ III
@ Nesses dias não pude me livrar do café porque para onde eu olhava, ali estava o café. Lia o livro “O baile da despedida”. O personagem principal só vivia com uma xícara de café na mão. Depois estava lendo “O Recurso”. O personagem principal não largava a xícara de café. Depois estava vendo a revista “Seleçoes”. Lá tinha farta informação sobre o café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ IV
@ O café tem alguns nomes populares. O que mais convivi durante anos foi “moca”. Meu pai sempre tomava uma moca depois do almoço. De manhã, bem cedinho, consumia um potinho de café, antes de ir trabalhar na olaria.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ V
@ Sabiam que há o dia do café? O dia 7 de abril é o dia internacional do café.
AMENIDADES SOBRE O CAFÉ VI
@ Há muitas versões do café: Carioca, expresso, forte, suave, torrado, moído, solúvel, com leite, descafeinado, capuccino. De tanto falar em café, não deu uma vontade de tomar uma, não?
CONTRAPARTIDA
@ Se observarmos bem, em todas as coisas que dão certo, tem a contrapartida do outro. É assim que ocorre nos programas da casa própria. Em Upanema temos um grande exemplo. Há aproximadamente mil residências nos conjuntos residenciais, todas construídas pelo governo federal, com a parceria da prefeitura. Além das duas (federal e municipal), ainda é necessária a contrapartida do cidadão que recebe a casa. Na vida real também há a parceria para que nós possamos estar vivos. Na concepção, foi necessária a participação de um homem e uma mulher. Para nascermos, uma parteira quase sempre é indispensável. A mãe também ajuda bastante na hora do nascimento do bebê. Quando cresce, é preciso caminhar, mas ele necessita de ajuda. Aí, é a maior festa. As várias parcerias que fazemos na vida são formas de contrapartida. Ninguém pode dizer que vive sozinho, sem que outros cooperem nos seus projetos. Nem Deus fez o mundo sozinho: precisou de uma sociedade trinitária, para dar exemplo a nós. Há teólogos que acreditam que Deus não salva o homem sozinho, sem que este não faça nenhum esforço.
MÚSICA DE CRIANÇA
Uma das músicas dos tempos de criança é a da formiguinha. Aliás, uma música de letra tão confusa que hoje ainda tenho dúvida da versão verdadeira. Ei-la:
Formiguinha da mata d’além
Ela quer se casar
Mas não acha com quem.
Não é com você
Não é com ninguém
É com uma pessoa
Que eu quero mais bem.
De toda a letra, o trecho “Formiguinha da mata d’além, ela quer se casar, mas não acha com quem”, eu dizia: “formiguinha da mata da lenha, ela quer se casar, mas não acha com quem.
Das duas versões, cuido ser verdadeira a primeira, por ter mais sentido do que do jeito que cantávamos e por preservar a rima. Outros cantavam “da lenda” no lugar de “dalém” ou “d’além”.
TITO JACOME
@ Um dos políticos do passado da nossa região era Tito Jácome. Conta-se que numa campanha para deputado, nos idos dos anos 40 ou 50, uma eleitora pergunta a outra: “Mulher, em quem tu vais votar pra deputado?” A mulher responde: “Vou votar em Tito Jacome”. (sílaba forte no co.)
RETALHOS DO PASSADO I
@ Na entrevista a Socorro Oliveira, eu me lembrava de alguns retalhos do passado. Um deles foi a eleição para presidente da CNEC, em 1990, em que o professor Luiz Gonzaga foi eleito, numa eleição disputadíssima. Ao sair do local apuração dos votos – a própria escola – os eleitores, que se aglomeravam fora, pegaram o candidato e suspenderam no ar. Eu, que também fazia parte da chapa, saía juntamente com os vitoriosos. No fecha-fecha de gente, a bracileta do meu relógio rompeu-se e caiu no meio da multidão. Por sorte, ainda consegui apanhá-la.
RETALHOS DO PASSADO II
@ Outra parte de um passado nem tão distante que é desconhecida de muita gente é um dos meios de comunicação simples, que era eficiente para a época: o bocão da Igreja e o bocão de Cãindim (Dr. Cândido Martins). O primeiro, além de noticiar os serviços da Igreja, servia para notas, avisos, perdidos e achados. O outro serviço de som, posterior àquele, tinha entre outras funções, programas de notícias diárias.
QUANDO TIVER DÚVIDAS
@ Todas as vezes que não sabemos de algo, necessitamos naturalmente de perguntarmos aos outros, não é? É. Mas há quem não recorra nem aos outros nem ao dicionário. Preferem ficar na dúvida sem perguntar. Esse fenômeno ocorre na escola e fora dela. Que tiremos a lição de perguntarmos, caso tenhamos dúvida.
O QUE É MANGAR
@ Uma das características que marcam um povo é o seu jeito de falar. Falamos diferente de boa parte dos habitantes do país, seja nas expressões, seja no sotaque. Por aqui não chiamos. Falamos o preto no branco. Uma palavra que é a nossa cara é “mangar”. Quem zomba, manga. Noutras regiões do país quem zomba, encarna, tira. Por aqui quem tira, rouba ou tira mesmo. O certo mesmo de tudo isso é que é aceitável dizer mangar, encarnar ou tirar. Depende da região.
Quais são as cores do Arco-íris
Não tive o privilégio de conhecer meu avô materno. Gosto de dizer, em tom de gracejo, que ele não foi justo comigo, pois não esperou por mim e morreu dois meses antes do meu nascimento.
Há muitas histórias que contam dele. Umas verdadeiras, outras bem inventadas. Lembro-me dele sempre que vejo o arco-íris no céu. Na mesma hora não posso me esquecer de Seu “Ciço” Gama, pois este gosta de dizer que meu avô mencionava os nomes das cores do arco-íris: “Tem sete cores: laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta e cor-de-rosa.”
@ Um dos políticos do passado da nossa região era Tito Jácome. Conta-se que numa campanha para deputado, nos idos dos anos 40 ou 50, uma eleitora pergunta a outra: “Mulher, em quem tu vais votar pra deputado?” A mulher responde: “Vou votar em Tito Jacome”. (sílaba forte no co.)
RETALHOS DO PASSADO I
@ Na entrevista a Socorro Oliveira, eu me lembrava de alguns retalhos do passado. Um deles foi a eleição para presidente da CNEC, em 1990, em que o professor Luiz Gonzaga foi eleito, numa eleição disputadíssima. Ao sair do local apuração dos votos – a própria escola – os eleitores, que se aglomeravam fora, pegaram o candidato e suspenderam no ar. Eu, que também fazia parte da chapa, saía juntamente com os vitoriosos. No fecha-fecha de gente, a bracileta do meu relógio rompeu-se e caiu no meio da multidão. Por sorte, ainda consegui apanhá-la.
RETALHOS DO PASSADO II
@ Outra parte de um passado nem tão distante que é desconhecida de muita gente é um dos meios de comunicação simples, que era eficiente para a época: o bocão da Igreja e o bocão de Cãindim (Dr. Cândido Martins). O primeiro, além de noticiar os serviços da Igreja, servia para notas, avisos, perdidos e achados. O outro serviço de som, posterior àquele, tinha entre outras funções, programas de notícias diárias.
QUANDO TIVER DÚVIDAS
@ Todas as vezes que não sabemos de algo, necessitamos naturalmente de perguntarmos aos outros, não é? É. Mas há quem não recorra nem aos outros nem ao dicionário. Preferem ficar na dúvida sem perguntar. Esse fenômeno ocorre na escola e fora dela. Que tiremos a lição de perguntarmos, caso tenhamos dúvida.
O QUE É MANGAR
@ Uma das características que marcam um povo é o seu jeito de falar. Falamos diferente de boa parte dos habitantes do país, seja nas expressões, seja no sotaque. Por aqui não chiamos. Falamos o preto no branco. Uma palavra que é a nossa cara é “mangar”. Quem zomba, manga. Noutras regiões do país quem zomba, encarna, tira. Por aqui quem tira, rouba ou tira mesmo. O certo mesmo de tudo isso é que é aceitável dizer mangar, encarnar ou tirar. Depende da região.
Quais são as cores do Arco-íris
Não tive o privilégio de conhecer meu avô materno. Gosto de dizer, em tom de gracejo, que ele não foi justo comigo, pois não esperou por mim e morreu dois meses antes do meu nascimento.
Há muitas histórias que contam dele. Umas verdadeiras, outras bem inventadas. Lembro-me dele sempre que vejo o arco-íris no céu. Na mesma hora não posso me esquecer de Seu “Ciço” Gama, pois este gosta de dizer que meu avô mencionava os nomes das cores do arco-íris: “Tem sete cores: laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta e cor-de-rosa.”
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