
Para entender melhor por que alguns “ erros” são frequentes, é preciso ter em mente fenômenos que vão além de regras estabelecidas.
Um professor de português pode ser mais ou menos conservador ( em sentido técnico) em relação a certas formas linguísticas. Sua atitude pode depender de sua experiência linguística e/ou de suas convicções teóricas. Provavelmente, nenhum professor pensará que não precisa corrigir formas como “ Nois foi” mas é possível que haja quem pensa que não é necessário corrigir( se o fato for percebido !)formas como “É comum surgir equívocos no uso dos pronomes pessoais.
Há casos que se tornam paradigmáticos, porque são muito citados como exemplos de erro que ninguém deve cometer. Um é “ Para mim fazer”.
Se um erro é comum, quando quase todo o cometem, mesmo falantes cultos, pode-se ter duas reações:
a ) achar todos ignorantes; e o mundo está acabado;
b ) tentar uma explicação.
Erros constantes
Vejamos o caso de “ para mim fazer “. Estão envolvidos ao menos três fenômenos( não considero que a ignorância ou o descaso dos falantes seja o 4º) : um estrutural( sintático/semântico),um sociolinguístico e um psicolinguístico.
O fenômeno estrutural diz respeito,claro, à estrutura da expressão, em que há diversos traços:
a)“para”rege “mim”- as gramáticas dizem que as preposições regem pronomes oblíquos ( de mim, para mim,comigo,entre mim e ti...);
b)o agente da ação de fazer é “eu “( o falante...”);
c)a representação “formal” dessa estrutura pode ser representada assim: (...para eu ler), que mostra que “eu”está ligado a “ler” e não está no escopo de “para” é a oração “ eu ler”.
Explicação
Uma aula de gramática não pode ser um conjunto de regras ou dicas. Deve ser como uma boa aula de matemática,,inglês,história....
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