Ainda resiste uma expressão entre nós de tempos passados. É o famoso “esquentador de banco escolar”. Fulano de tal está apenas esquentando os bancos escolares. É uma das expressões do meu tempo de criança. Privilegiado, por estudar um pouquinho além da média dos meus colegas, nunca levei fui acusado disso.Boa parte dos meninos da minha idade foram acusados do “esquentamento”. Outro dado é que nenhum deles sentiu-se culpado por isso. Viviam esquentando bancos e também a cabeça dos professores.
Ao me recordar dessa expressão, tive a curiosidade de também observar a diferença com o presente.
Lá, dizíamos “bancos”, porque estudávamos em bancos inteiriços. Na verdade, não cheguei a estudar em bancos longos. Na minha época, havia uma carteira que cabia dois alunos. Já eram bancos.
Hoje vivemos o tempo das carteiras individuais. Cada um no seu canto e cada um com sua individualidade. São do mesmo jeito do passado. Há os que só esquentam as carteiras. Há, felizmente, os que não só esquentam, mas estão fazendo jus ao investimento do governo: merenda, livro didático, transporte, biblioteca, laboratório de informática, etc.
A propósito. Alguém aí não sabe o que significa “esquentar" banco escolar?
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