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UPANEMA NA HISTÓRIA II

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Águas de cacimba

A geração que tem em torno de 15 anos de idade poderá inocentemente pensar que o sistema de abastecimento d'água de nossa cidade sempre foi a maravilha que temos hoje.

Alcancei o tempo das cacimbas da areia do rio e da várzea.

Fazer uma cacimba no leito do rio era a coisa mais fácil do mundo. Fazia-se até com as mãos. Geralmente eram feitas utilizando-se uma enxada e pá.

Às vezes a pessoa cercava-a com um arame ou varas. No entanto, esse item era dispensável. Se a água estava suja, era só esgotá-la e pronto. Estava pronta para usar.

As cacimbas da várzea eram mais difíceis de serem cavadas porque precisava usar mais força para cavar o barro. Também era preciso falar com o dono da terra.

A vantagem desta era que a água era de boa qualidade aa ponto de servir para beber. Enquanto que a do leito do rio era quase sempre se péssima qualidade e só servia para lavar roupa, aguar plantas e quando muito tomar banho.

Na várzea, havia filas de gente com galões de lata, carroças e baldes.

Havia fila porque havia escassez de cacimbas e água. Havia muita gente para buscar água e pouca para fazer cacimbas.

Para se ter uma ideia do problema, muitas pessoas madrugavam para pegar água primeiro.

Ainda guardo vivo na lembrança uma cacimba que papai (Erasmo Gondim) sempre fazia na terra de Seu Lino Pimenta. O local da cacimba era quase em frente da cerâmica de Seu Sebastião.*

A era das cacimbas se foi. Foi então que chegou, no comecinho dos anos 80 o sistema de abastecimento gerenciado pela CAERN.

Essa é mais uma página da história de Upanema que foi virada e que só queremos dela a lembrança.

*A cerâmica ainda existe, mas está desativada há anos.




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