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COLUNA LINGUAGEM.COM PUBLICADA NA EDIÇÃO 73

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O CHIQUE E O DOENTIO Sou do tempo em que as pessoas chiques eram aquelas que exibiam um cigarro comum - não o outro que se popularizou depois. Depois, algum tempo depois, começamos a ver as pessoas chiques exibindo copos de bebida, especialmente Campari ou outras do gênero. Uísque, sim, também era e ainda é chique. Quem observa o comportamento dos personagens dos filmes antigos, verá que eles estão sempre acompanhados de um belo cigarro, caro ou barato. Aquilo era sinal de chiqueza. Eu mesmo, que nunca fui dado a festas, cheguei a ver rapazes com cigarros na boca entre os dedos, num sinal de que eram homens e chiques. Nos filmes, ainda existiam os chiques que eram acompanhados de um bom charuto. (Bom, no sentido de caro). O tempo passou e os conceitos, como deles ninguém escapa, mudaram. As pessoas comuns e autoridades médicas perceberam que tinha muita gente morrendo de chiques. Foi então que resolveram tomar algumas providências. A primeira foi com a propaganda. As propagandas eram desenfreadas e a qualquer hora. Restringiram os horários. Ainda me lembro da lei Sarney, que proibia o uso do cigarro em lugares fechados. Isso ocorreu em 1985. Depois apareceram outras leis que acossavam mais os fumantes e cada vez mais desestimulavam o uso do cigarrinho comum. Agora, em pleno século XXI, está no consciente e subconsciente de todo mundo que o cigarro não presta pra nada. Ele é ofensivo a todo mundo. A escola o combate. As religiões, idem. Ele é instrumento de doença. Cabe a cada um escolher o que quer da vida: se ser chique ou doente.
 
TOSPERICARGERJA
@ Alguém aí se arriscaria a dizer de que natureza das coisas pertence a palavra Tospericargerja? É uma longa história, mas vou resumir. Foi nos anos 80. Época dos grandes comentários de Emery Costa, na Rádio Rural de Mossoró. Comentário das 7 e  meio-dia. Sempre eu estava colando ao rádio, para escutar os bons comentários de Emery: "Pelo menos esta é a nossa opinião", concluía o radialista. Naquele dia ele contou uma história. Pena que eu não sei contar toda. Vai só a parte que sei. Um pai, muito fã dos jogadores da seleção de 70, coloca no filho o nome, com as primeiras sílabas de cada craque: Tos - Tostão; Pe - Pelé; Ri - Rivelino; Car - Carlos Alberto; Ger - Gérson; Ja - Jairzinho.

PEDRAS NÃO MUDAM
@ Há uma insensibilidade de certas pessoas com certas coisas que a gente fica pensando que elas não são feitas do mesmo material que são feitas as pessoas. Estou falando por alto, quase através de enigmas, mas já dá pra entender de que estou falando. Falo das pessoas que não querem mudar de opinião, mesmo que elas sejam mais sem absurdas possíveis. Quando dizem que pedra é água, não tem quem mude.

VESTIBULANDOS

@ Como nos anos anteriores, uma grande quantidade de estudantes fizeram o vestibular da UERN. Estamos na expectativa de que haja novamente um bom número de aprovados. Particularmente não acredito que o número de aprovações alcancem o que tivemos em 2010. Mas pelas pessoas que fizeram e não passaram e consequentemente acumularam conhecimentos, poderemos ter um número razoável de aprovados.

 DOIDO PELA VIDA
 @ Uma notícia que passa na grande mídia que não podemos deixar de lado é a luta do Vice-presidente da República, José Alencar. Ele luta com todas as armas e forças de que dispõe. Para termos uma ideia, já até perdemos a conta dos anos que ele luta contra o câncer. Em nenhum momento ele fraquejou e entregou os pontos. Agora, ele teima com todo mundo para ir à posse da presidenta, Dilma. Um contraponto triste é vermos diariamente muitas pessoas lutando pra morrer, desesperadamente, de muitas formas, com todas as forças. É no dia-a-dia do vício; na velocidade do carro, sob o efeito do álcool; é na violência das ruas que mata-se e morre-se todos os dias, banalizando-se a vida. Enquanto isso, José Alencar briga com a morte e aposta na vida. Se dependesse dele, ele não morreria nunca!

A FEIRA DO EMPREENDEDOR
 @ Uma das novidades em Upanema neste ano foi a feira do empreendedor. Alunos foram capacitados através das aulas do professor Luiz Gonzaga. No dia 1º de dezembro realizaram uma feira, pela noite, em frente da Escola Calazans Freire.
A Feira do Empreendedor era composta por três barracas. Havia uma variedade de produtos.
A barraca "Diversões e Entretenimento" vendeu bolos e outros produtos. A diversão ficou por conta de um jogo de baliza, que custava um real. Se o cliente colocasse um carrinho de plástico numa área reservada, ganharia um prêmio.
A barraca “Comidas Despertar” vendeu umas pamonhas e canjicas tão boas que não sobrou nada.
Por fim, a barraca “Doçuras e Travessuras” vendeu doces de várias naturezas. Uma atração a parte era o serviço de locução: quem comprasse um produto, tinha direito a uma mensagem para mandar pra quem quisesse. E ainda com o direito do anonimato.
A feira, segundo os organizadores, foi um sucesso, pois vendeu todos os produtos.

UMA BOA PRISÃO
@ Quem já experimentou ficar muitas horas mergulhado nos estudos e desligado de tudo que está fora? É uma sensação de quem está "preso por vontade", como diria Camões em seu famoso "Soneto". É isso. É isso mesmo que precisa essa grande massa de pessoas que vão à escola de segunda à sexta. Precisam ficar presas por vontade, à vontade e com vontade de voltar no outro dia. Do jeito que elas concebem a escola hoje, falar em escola de tempo integral é mesmo que a gente chamá-las pra brigar. Elas precisam entender que o futuro delas poderá está ali, bem ali onde vão todos os dias só para passear. É necessária a mudança de pensamento. Se isso não ocorrer, a escola continuará sendo uma prisão indesejada.

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