Arquivo do Jornal de Upanema: publicado na edição 43 de novembro de 2007
Jonas Carlos vem contar nesta entrevista como foi sua visita a dois países africanos, Cabo Verde e Senegal, no período de 12 a 27 de setembro deste ano.
Por Francisco José e Lázaro Gondim
JU – Qual o propósito de sua viagem à África?
JC – Conhecer o trabalho dos missionários brasileiros e analisar a possibilidade de, também, enviar um missionário para lá.
JU – O que fazem esses missionários?
JC – O propósito maior é a evangelização dos africanos. Mas, simultaneamente, eles prestam um brilhante serviço social. Eles atuam na saúde, educação e lazer - tudo por conta dos mantenedores. Os Governos africanos não dão significante assistência à população. Por isso, o trabalho desses missionários é muito importante.
JU – Quem financiou sua viagem?
JC – A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Upanema.
JU – Quando você foi escolhido para ir à África, houve temor de sua parte?
JC – Sim. Temi, principalmente, o choque cultural. Mas superei, tendo em vista o valor dessa viagem.
JU – Qual a religião predominante no continente?
JC – Isso vai depender do país. Cabo Verde tem predominância do Cristianismo; mas Senegal tem 94% de mulçumanos.
JU – Qual a forma de cultuar de Senegal?
JC – Eles são tão dedicados a ponto de confundirmos o interior das Universidades com uma mesquita. Mas, apesar de serem mulçumanos, os senegaleses tem uma característica muito animista. Isso porque o Animismo já era praticado antes do Islamismo tomar de conta do Senegal. Um costume que é muito comum é os pais entregarem seus adolescentes para passar meses com “chefes” nas matas.
JU – Qual a maior necessidade do africano?
JC – Sem dúvida é o encontro com a Verdade. Não tenho preconceitos; quero apenas enfocar uma realidade incontestável: o Animismo induz seus adeptos a práticas assombrosas, as quais julgo torpe até o fato de relatá-las neste informativo. Só Deus para libertá-los dessas grosserias.
JU – Há repressão ao Cristianismo, como no Oriente Médio?
JC – Em Senegal o Estado é aberto a outras religiões. Mas, dependendo do local, a gente pode até ser espancado por radicais.
JU – Qual a impressão comum aos que visitam a África?
JC – O contraste. A gente vê lugares ricos e outros extremamente pobres; vê paisagens exuberantes, em contraste com aquela imagem que nos passaram de uma África seca; vê as autoridades grosseiras em contraste com a calorosa hospitalidade dos menos favorecidos. Na verdade, quem devia exercer a diplomacia dá mau exemplo.
JU – Como é a culinária africana?
JC – Depende. A gente encontra em Cabo Verde uma alimentação muito parecida com a nossa – é um país turístico. Em Senegal a diferença está na muita pimenta e no hábito de comer com a mão. Conheci pessoas de Guiné Bissau que comem ratos! Mas não tive esse choque cultural.
JU – Na África, a informação é abundante?
JC – Não. Em Senegal, por exemplo, não vimos uma pessoa sequer vendendo jornais (embora que o país disponha). A televisão é popular, mas nem todos dispõem de uma. A Lan House também é uma raridade.
JU – E a indústria e o comércio?
JC – A indústria é muito fraca. Assim, muitos produtos industrializados são importados. É oportuno dizer que o café brasileiro é bem apreciado, e caro. O comércio também é fraco, com poucas ofertas e um atendimento nada agradável.
JU – O que você aprendeu com essa vagem?
JC – Aprendi a socializar-me. E encontrei nos africanos a oportunidade de amar um povo marcado pelo sofrimento. Espero em Deus encontrar mecanismos para puder ajudar a África. Conto com a ajuda do leitor nessa batalha.
JU – Você pretende voltar à África?
JC – Eu me apaixonei pela África. Estou disposto a retornar a qualquer momento para lá (não para ficar). Ainda me emociono ao fazer depoimentos sobre esse continente.
JC – Conhecer o trabalho dos missionários brasileiros e analisar a possibilidade de, também, enviar um missionário para lá.
JU – O que fazem esses missionários?
JC – O propósito maior é a evangelização dos africanos. Mas, simultaneamente, eles prestam um brilhante serviço social. Eles atuam na saúde, educação e lazer - tudo por conta dos mantenedores. Os Governos africanos não dão significante assistência à população. Por isso, o trabalho desses missionários é muito importante.
JU – Quem financiou sua viagem?
JC – A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Upanema.
JU – Quando você foi escolhido para ir à África, houve temor de sua parte?
JC – Sim. Temi, principalmente, o choque cultural. Mas superei, tendo em vista o valor dessa viagem.
JU – Qual a religião predominante no continente?
JC – Isso vai depender do país. Cabo Verde tem predominância do Cristianismo; mas Senegal tem 94% de mulçumanos.
JU – Qual a forma de cultuar de Senegal?
JC – Eles são tão dedicados a ponto de confundirmos o interior das Universidades com uma mesquita. Mas, apesar de serem mulçumanos, os senegaleses tem uma característica muito animista. Isso porque o Animismo já era praticado antes do Islamismo tomar de conta do Senegal. Um costume que é muito comum é os pais entregarem seus adolescentes para passar meses com “chefes” nas matas.
JU – Qual a maior necessidade do africano?
JC – Sem dúvida é o encontro com a Verdade. Não tenho preconceitos; quero apenas enfocar uma realidade incontestável: o Animismo induz seus adeptos a práticas assombrosas, as quais julgo torpe até o fato de relatá-las neste informativo. Só Deus para libertá-los dessas grosserias.
JU – Há repressão ao Cristianismo, como no Oriente Médio?
JC – Em Senegal o Estado é aberto a outras religiões. Mas, dependendo do local, a gente pode até ser espancado por radicais.
JU – Qual a impressão comum aos que visitam a África?
JC – O contraste. A gente vê lugares ricos e outros extremamente pobres; vê paisagens exuberantes, em contraste com aquela imagem que nos passaram de uma África seca; vê as autoridades grosseiras em contraste com a calorosa hospitalidade dos menos favorecidos. Na verdade, quem devia exercer a diplomacia dá mau exemplo.
JU – Como é a culinária africana?
JC – Depende. A gente encontra em Cabo Verde uma alimentação muito parecida com a nossa – é um país turístico. Em Senegal a diferença está na muita pimenta e no hábito de comer com a mão. Conheci pessoas de Guiné Bissau que comem ratos! Mas não tive esse choque cultural.
JU – Na África, a informação é abundante?
JC – Não. Em Senegal, por exemplo, não vimos uma pessoa sequer vendendo jornais (embora que o país disponha). A televisão é popular, mas nem todos dispõem de uma. A Lan House também é uma raridade.
JU – E a indústria e o comércio?
JC – A indústria é muito fraca. Assim, muitos produtos industrializados são importados. É oportuno dizer que o café brasileiro é bem apreciado, e caro. O comércio também é fraco, com poucas ofertas e um atendimento nada agradável.
JU – O que você aprendeu com essa vagem?
JC – Aprendi a socializar-me. E encontrei nos africanos a oportunidade de amar um povo marcado pelo sofrimento. Espero em Deus encontrar mecanismos para puder ajudar a África. Conto com a ajuda do leitor nessa batalha.
JU – Você pretende voltar à África?
JC – Eu me apaixonei pela África. Estou disposto a retornar a qualquer momento para lá (não para ficar). Ainda me emociono ao fazer depoimentos sobre esse continente.
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